Wednesday, July 30, 2008

na AUDIÊNCIA TÉCNICA sobre o SANEAMENTO

no dia 30/07/08,
EU DISSE QUE:

>Os resíduos sólidos constituem o subproduto não aproveitável de actividades humanas, mormente das económicas – agricultura, indústria, comércio, serviços. Quanto maior for a dinâmica e a produtividade da cidade, maior a quantidade de resíduos ou desperdícios não aproveitáveis.

Cerca de 60% de volumes de negócios do país concentrado numa única urbe, sem resíduos sólidos e outros?

Numa urbe onde, diariamente, são recebidos à volta de 20 mil consumidores (cerca de 20% da população residente) que vêm comprar e vender e ainda regressar à casa no final do dia, como não haver subprodutos não aproveitáveis e resíduos «sem tecto»?

>Quem ganha com esses negócios? Ganham com os negócios da Praia, gente de todas ilhas (destaque para Sanvicente, Fogo, Sal e Santiago); de quase todos os continentes (destaque para a Ásia – os chineses – e África); ganham também os exportadores do Brasil, de Portugal, de Hong Kong, da China.

>Uma última questão: O QUE FAZER PARA TER A CIDADE LIMPA? COMO FAZER PARA TER A CIDADE NUM BRINQUINHO? Das duas uma:
- Ou se reduz a actividade económica ao mínimo, garantindo uma produção ínfima de resíduos, mantendo a cidade limpa e esterilizada sem qualquer esforço aparente;
- Ou melhora-se o tratamento a dispensar aos resíduos sólidos e desperdícios não aproveitáveis, seja a nível dos «produtores» dos desperdícios e resíduos, seja ao nível dos responsáveis pelo saneamento do meio.

E é claro que há que abraçar a segunda alternativa: que quantos produzam resíduos e desperdícios na cidade, continuem a ganhar o seu rico dinheirinho, continuem a poder passar as férias nos paraísos de sua eleição, continuem a matricular os seus filhos nas melhores escolas do mundo mas que, em contrapartida, passem a cuidar melhor dos resíduos e desperdícios da sua actividade e comecem a buscar - e a exigir - plataformas de entendimento com as autoridades com intervenção na matéria.

>Tendo optado pela produção de riquezas, e estando a obter bons resultados, a saída para o aparente imbróglio terá que passar, inevitavelmente, pela COERÊNCIA nas relações do poder e dos moradores com a cidade que os abriga e lhes dá a ganhar rios de dinheiro, votos e poder.

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