“Não existe um homem totalmente inútil; em último caso, serve como mau exemplo.”
Wilson Sanches
Do óscar ao tabaquêro, ou de OBAMA a mugabe, vai todo um mundo. Um mundo que é olimpicamente ignorado. Porquê? Porque o Homem, desde o princípio dos tempos, aclamou o superlativo e abominou (e, não raras vezes, vomitou) o morno. Quente ou gelado; excelente ou péssimo; divina ou puta; Deus ou diabo; céu ou inferno. Extremos.
Salvas honrosas excepções, o que se vê são esforços para identificar «os mais» em cada ano, em cada sector de actividade, em cada século ou milénio. Felizmente, as excepções vão fazendo escola. Hollywood já «distingue» também as patacoadas que por lá se produzem: há o óscar para os melhores e uma nova estatueta para os beras; os tablóides distinguem os melhores em cada ano, mas começaram já a apontar o dedo aos lofas.
Actividades que movimentam multidões apenas distinguem os superlativos positivos: o futebol dá botas e bolas de ouro e prata aos Ronaldos, Eusébio e Pelé, mas não aponta o dedo àqueles que Paulo Bento acusa de não darem o seu melhor; as disciplinas olímpicas dão medalhas de ouro, prata e bronze aos maiores, mas não apõem rótulos visíveis aos que praticam o dopping; a política, que mexe com a vida de milhões de seres humanos, só destaca os melhores, deixando na penumbra os sacripantas que atrapalham a vida dos cidadãos, das nações e do mundo.
É imperativo que identifiquemos e glorifiquemos os nossos heróis, alcandorando-os à posição de paradigmas para a juventude, e não só; mas é também fundamental que, simultaneamente, referenciemos e rotulemos os nossos vilões, deixando claro que são MAUS EXEMPLOS, exemplos a não serem seguidos.
Felizmente que, amiúde, vêm surgindo pessoas criativas que vão dando pistas de como enfrentar a questão, sugerindo saídas para a exposição pública dos vilões. Correu mundo a sapatada que o jovem jornalista iraquiano Muntazer al-Zaidi desferiu contra o Presidente cessante dos Estados Unidos da América; antes, tinha sido a tirada do Rei Juan Carlos, mandando Hugo Chavéz calar a boca (porque não te calas?), a circular de boca em boca por esse mundo globalizado afora; mas o pioneirismo mesmo, esse pertence, pelo menos chez nous, ao meu dilecto amigo Claudino Semedo.
Claudino sugeriu à Câmara Municipal da Praia, através as estruturas da PRÓ-PRAIA, que, a par das medalhas, distinguindo os melhores praienses (entendido aqui como todos os residentes na área metropolitana da Capital) em cada sector de actividade, fosse também instituída a entrega de TABAQUÊROS aos praienses (na mesma acepção da anotação anterior) que por atitudes, posturas e procedimentos (políticos, profissionais ou outros) prejudicarem seus concidadãos ou a qualidade de vida na Capital. As medalhas e os TABAQUÊROS seriam entregues na mesma sessão solene e o facto de num ano se ter recebido um TABAQUÊRO não seria impeditivo de, no ano subsequente, se poder receber uma medalha, à condição de a merecer. E vice-versa: nada impede que um tabaquêrado de um ano seja um medalhado no ano seguinte.
Em 2008, a personalidade do ano, no segmento Mundo, parece que não suscita muitas dúvidas: é BARACK OBAMA. John McCain é, no meu entender e pela lição de democracia que deu quando os resultados foram conhecidos, um digníssimo merecedor da medalha de prata. No Continente a medalha de ouro vai para quem? Nelson Mandela, Julius Nyerere, Kwame N’Krumah, Muhamar Kadhafi, Mia Couto ou outro? No país? Carlos Veiga, D. Arlindo Furtado, Nelson Évora ou a CASA DO CIDADÃO e o NOSi (pelo passo de gigante dado em direcção ao e-governement)? Na Região (Santiago, of course)? Ulisses Correia e Silva e Jacinto Santos, Francisco Tavares e Fernando Tavares (TOCO) ou Orlando Sanches e Orlando Dias? Na Capital? Jacinto Santos (pelo papel na consecução da alternância política na autarquia da Capital), CALÚ & ÂNGELA (pelo empreendedorismo), Ulisses Correia e Silva (pelo esforço de reorganização da Cidade) ou a Moura Company (pela renovação da frota de transportes públicos urbanos de passageiros)? Os citados ou outros, a verdade é que a posição onde hoje nos encontramos é o resultado do esforço de muita gente: políticos, empreendedores, religiosos, cidadãos anónimos. Um pequeno momento de reflexão para buscar identificar «os mais» do ano não há-de ficar mal a ninguém. E aqui fica o repto.
Na pista de Semedo, a par das distinções positivas (p.e. personalidade do ano no Mundo, no Continente, no País, na Região e na Capital) vamos tentar provocar as pessoas levando-as, desta feita, a tentar identificar as pessoas merecedoras de um TABAQUÊRO (para cancã, obviamente)? Legítimo jacarandá, claro.
O TABAQUÊRO para canastrão do ano, a nível mundial, deve ir para robert mugabe, o homem que revelou ao Mundo o ataque químico de que os zimbabueanos foram vítimas (por parte do Governo de Gordon Brown) e que os cientistas confundiram com CÓLERA. Disputam o TABAQUÊRO com mugabe, os senhores de guerra da Somália e do Sudão.
A nível do Continente, e infelizmente, os candidatos são os mesmos. Triste sina a nossa ou somos demasiado duros connosco mesmo? É que os «nomeados» para o TABAQUÊRO de pior do Mundo são todos africanos.
No país, para quem vai o TABAQUÊRO? Um político? Qual? António Monteiro/Mário Moniz, das UCIDes (pela ameaça de cisma em um partido tão pequeno)? Ou Jorge Santos/José Maria Neves (pela crispação política que se vive no país)? Fernando Elísio Freire/Rui Semedo (pelas vezes que se deixaram ultrapassar em dossiers que, aparentemente, conduziam com maestria)?
Na Região (entenda-se a região de Santiago), quem será o digno merecedor do TABAQUÊRO? Políticos? Pedro Alexandre e António Costa Lima? João Baptista Freire e o Comité de Sector de Santa Catarina do PAI? O Sector Urbano do PAI na Capital? Empresários? Os proprietários (e condutores) dos HIACES que não respeitam os passageiros que transportam, ultrapassando a lotação imposta às respectivas viaturas? Aos transportadores de escombros e inertes que estragam as estradas da ilha com os detritos com que vão assinalando o seu percurso, ao mesmo tempo que seguem instalando armadilhas mortais para quem percorra o mesmo caminho, depois deles? Os responsáveis pelo desporto que insistem em privilegiar clubes do Sul, em detrimento dos do Norte, perpetuando o atraso de Santiago Norte? Os responsáveis políticos que mandaram destroçar o pequeno exército de extensionistas rurais, sem dúvida os principais artífices do relativo sucesso dos agricultores de Santiago? Por estes lados há tantos candidatos ao TABAQUÊRO que talvez seja o caso de se distribuírem TABAQUÊROS para todos os que forem sendo nomeados (e mais alguns, à cautela).
Na Capital? Na Capital o TABAQUÊRO vai, ex-aequo:
- Para os Deputados eleitos para o Círculo eleitoral da Praia, por não terem sabido (ou querido) cumprir a Constituição e dotar a Capital do Estatuto administrativo especial, preconizado na Carta Magna;
- Para a Câmara Municipal da Praia, pela pobreza que foi (ou não foi) a decoração da Cidade para a quadra festiva (do Natal e do Final do Ano);
- A Alta Administração das forças de ordem pelo recuo perante as hordas de pequenos traficantes, thugs e triple X (os operacionais são aqui poupados, por razões mais do que óbvias).
Para terminar esta incursão, só resta recomendar uma medalha especial para o Claudino, pela ideia genial; um TABAQUÊRO… para os mariolas que provocaram a CRISE que assola o planeta; e, last but not least, registar os meus sinceros votos de FESTAS FELIZES para todo o Mundo (Cristãos e não Cristãos), com PAZ, AMOR E SAÚDE. De montão.
Salvas honrosas excepções, o que se vê são esforços para identificar «os mais» em cada ano, em cada sector de actividade, em cada século ou milénio. Felizmente, as excepções vão fazendo escola. Hollywood já «distingue» também as patacoadas que por lá se produzem: há o óscar para os melhores e uma nova estatueta para os beras; os tablóides distinguem os melhores em cada ano, mas começaram já a apontar o dedo aos lofas.
Actividades que movimentam multidões apenas distinguem os superlativos positivos: o futebol dá botas e bolas de ouro e prata aos Ronaldos, Eusébio e Pelé, mas não aponta o dedo àqueles que Paulo Bento acusa de não darem o seu melhor; as disciplinas olímpicas dão medalhas de ouro, prata e bronze aos maiores, mas não apõem rótulos visíveis aos que praticam o dopping; a política, que mexe com a vida de milhões de seres humanos, só destaca os melhores, deixando na penumbra os sacripantas que atrapalham a vida dos cidadãos, das nações e do mundo.
É imperativo que identifiquemos e glorifiquemos os nossos heróis, alcandorando-os à posição de paradigmas para a juventude, e não só; mas é também fundamental que, simultaneamente, referenciemos e rotulemos os nossos vilões, deixando claro que são MAUS EXEMPLOS, exemplos a não serem seguidos.
Felizmente que, amiúde, vêm surgindo pessoas criativas que vão dando pistas de como enfrentar a questão, sugerindo saídas para a exposição pública dos vilões. Correu mundo a sapatada que o jovem jornalista iraquiano Muntazer al-Zaidi desferiu contra o Presidente cessante dos Estados Unidos da América; antes, tinha sido a tirada do Rei Juan Carlos, mandando Hugo Chavéz calar a boca (porque não te calas?), a circular de boca em boca por esse mundo globalizado afora; mas o pioneirismo mesmo, esse pertence, pelo menos chez nous, ao meu dilecto amigo Claudino Semedo.
Claudino sugeriu à Câmara Municipal da Praia, através as estruturas da PRÓ-PRAIA, que, a par das medalhas, distinguindo os melhores praienses (entendido aqui como todos os residentes na área metropolitana da Capital) em cada sector de actividade, fosse também instituída a entrega de TABAQUÊROS aos praienses (na mesma acepção da anotação anterior) que por atitudes, posturas e procedimentos (políticos, profissionais ou outros) prejudicarem seus concidadãos ou a qualidade de vida na Capital. As medalhas e os TABAQUÊROS seriam entregues na mesma sessão solene e o facto de num ano se ter recebido um TABAQUÊRO não seria impeditivo de, no ano subsequente, se poder receber uma medalha, à condição de a merecer. E vice-versa: nada impede que um tabaquêrado de um ano seja um medalhado no ano seguinte.
Em 2008, a personalidade do ano, no segmento Mundo, parece que não suscita muitas dúvidas: é BARACK OBAMA. John McCain é, no meu entender e pela lição de democracia que deu quando os resultados foram conhecidos, um digníssimo merecedor da medalha de prata. No Continente a medalha de ouro vai para quem? Nelson Mandela, Julius Nyerere, Kwame N’Krumah, Muhamar Kadhafi, Mia Couto ou outro? No país? Carlos Veiga, D. Arlindo Furtado, Nelson Évora ou a CASA DO CIDADÃO e o NOSi (pelo passo de gigante dado em direcção ao e-governement)? Na Região (Santiago, of course)? Ulisses Correia e Silva e Jacinto Santos, Francisco Tavares e Fernando Tavares (TOCO) ou Orlando Sanches e Orlando Dias? Na Capital? Jacinto Santos (pelo papel na consecução da alternância política na autarquia da Capital), CALÚ & ÂNGELA (pelo empreendedorismo), Ulisses Correia e Silva (pelo esforço de reorganização da Cidade) ou a Moura Company (pela renovação da frota de transportes públicos urbanos de passageiros)? Os citados ou outros, a verdade é que a posição onde hoje nos encontramos é o resultado do esforço de muita gente: políticos, empreendedores, religiosos, cidadãos anónimos. Um pequeno momento de reflexão para buscar identificar «os mais» do ano não há-de ficar mal a ninguém. E aqui fica o repto.
Na pista de Semedo, a par das distinções positivas (p.e. personalidade do ano no Mundo, no Continente, no País, na Região e na Capital) vamos tentar provocar as pessoas levando-as, desta feita, a tentar identificar as pessoas merecedoras de um TABAQUÊRO (para cancã, obviamente)? Legítimo jacarandá, claro.
O TABAQUÊRO para canastrão do ano, a nível mundial, deve ir para robert mugabe, o homem que revelou ao Mundo o ataque químico de que os zimbabueanos foram vítimas (por parte do Governo de Gordon Brown) e que os cientistas confundiram com CÓLERA. Disputam o TABAQUÊRO com mugabe, os senhores de guerra da Somália e do Sudão.
A nível do Continente, e infelizmente, os candidatos são os mesmos. Triste sina a nossa ou somos demasiado duros connosco mesmo? É que os «nomeados» para o TABAQUÊRO de pior do Mundo são todos africanos.
No país, para quem vai o TABAQUÊRO? Um político? Qual? António Monteiro/Mário Moniz, das UCIDes (pela ameaça de cisma em um partido tão pequeno)? Ou Jorge Santos/José Maria Neves (pela crispação política que se vive no país)? Fernando Elísio Freire/Rui Semedo (pelas vezes que se deixaram ultrapassar em dossiers que, aparentemente, conduziam com maestria)?
Na Região (entenda-se a região de Santiago), quem será o digno merecedor do TABAQUÊRO? Políticos? Pedro Alexandre e António Costa Lima? João Baptista Freire e o Comité de Sector de Santa Catarina do PAI? O Sector Urbano do PAI na Capital? Empresários? Os proprietários (e condutores) dos HIACES que não respeitam os passageiros que transportam, ultrapassando a lotação imposta às respectivas viaturas? Aos transportadores de escombros e inertes que estragam as estradas da ilha com os detritos com que vão assinalando o seu percurso, ao mesmo tempo que seguem instalando armadilhas mortais para quem percorra o mesmo caminho, depois deles? Os responsáveis pelo desporto que insistem em privilegiar clubes do Sul, em detrimento dos do Norte, perpetuando o atraso de Santiago Norte? Os responsáveis políticos que mandaram destroçar o pequeno exército de extensionistas rurais, sem dúvida os principais artífices do relativo sucesso dos agricultores de Santiago? Por estes lados há tantos candidatos ao TABAQUÊRO que talvez seja o caso de se distribuírem TABAQUÊROS para todos os que forem sendo nomeados (e mais alguns, à cautela).
Na Capital? Na Capital o TABAQUÊRO vai, ex-aequo:
- Para os Deputados eleitos para o Círculo eleitoral da Praia, por não terem sabido (ou querido) cumprir a Constituição e dotar a Capital do Estatuto administrativo especial, preconizado na Carta Magna;
- Para a Câmara Municipal da Praia, pela pobreza que foi (ou não foi) a decoração da Cidade para a quadra festiva (do Natal e do Final do Ano);
- A Alta Administração das forças de ordem pelo recuo perante as hordas de pequenos traficantes, thugs e triple X (os operacionais são aqui poupados, por razões mais do que óbvias).
Para terminar esta incursão, só resta recomendar uma medalha especial para o Claudino, pela ideia genial; um TABAQUÊRO… para os mariolas que provocaram a CRISE que assola o planeta; e, last but not least, registar os meus sinceros votos de FESTAS FELIZES para todo o Mundo (Cristãos e não Cristãos), com PAZ, AMOR E SAÚDE. De montão.
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